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Minas Gerais enfrenta terceira onda de calor histórica com temperaturas podendo ultrapassar os 44°C

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Desde o dia 8 de novembro, Minas Gerais enfrenta a terceira onda de calor neste ano e uma das mais intensas de sua história, com previsões de temperaturas que podem superar os 44°C. O Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge) emitiu um alerta nesta segunda-feira (13) sobre recorde nos termômetros e a baixa umidade em todo o estado até a próxima quinta-feira (16). Além do desconforto, o calorão acarreta potenciais riscos à saúde e ao meio ambiente.

           

De acordo com o Simge, o calor intenso poderá durar mais dias e ser sentido em todas as 853 cidades mineiras. No entanto, as regiões do Triângulo, Noroeste, Central e Norte de Minas serão as mais impactadas, com previsão de temperaturas máximas que podem variar de 39 a 44°C. Nas demais regiões, inclusive na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os termômetros também devem bater o recorde, variando entre 36 e 39°C.

           

A primeira e segunda Onda de Calor registradas em Minas Gerais ocorreram em agosto e setembro, quando os termômetros chegaram a 39 e 43°C, respectivamente, no Norte de Minas. A capital chegou a registrar 34,3°C em agosto e 38,6°C, no dia 25 em setembro. De acordo com o meteorologista do Simge, Heriberto dos Anjos, a intensidade desta nova onda é semelhante à anterior, porém, só será possível uma comparação da escala de graus célsius após coleta de dados ao longo desta semana.

           

Em relação à duração, esta terceira onda pode ser a mais longa. Em agosto foram quatro dias mais quentes; em setembro foram seis dias e, nesta semana, as altas temperaturas começaram no dia 8 e a previsão é de que dure até o dia 16, podendo se estenderem. 

 

“O fenômeno climático El Niño está desde o meio do ano de 2023 atuando no Oceano Pacífico, após um longo período sob influência do La Niña e uma breve fase de neutralidade. A principal característica do El Niño é o aquecimento anormal e persistente da temperatura da superfície do Oceano Pacífico Equatorial. Em Minas Gerais, esse fenômeno influencia principalmente nas temperaturas elevadas e na irregularidade das chuvas”, explica o meteorologista do Simge, Heriberto dos Anjos.

           

Segundo ele, a tendência dos próximos três meses é de chuva irregular e abaixo da média histórica em boa parte do estado e principalmente com temperatura média acima da climatologia (acima de 2°C). “Esta Onda de Calor está atuando em todo o estado e, possivelmente, vamos para mais uma semana de recorde de temperatura máxima na capital mineira e em outras cidades mineiras, por exemplo, do Norte e Triângulo”, avalia.  O tempo seco será generalizado com valores mínimos de umidade relativa do ar abaixo dos 30%. Em BH, a Umidade Relativa do Ar mínima será entre 20 e 30%.

 

Cuidados

 

De acordo com documento do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e da Defesa Civil do Brasil, em caso de calor extremo deve-se evitar a exposição ao sol durante os horários de maior calor; beber água a cada duas horas; usar roupas leves; consumir alimentos leves, como frutas e verduras; entre outras. As pessoas com maior risco de sofrer complicações ou morte durante uma onda de calor são crianças, idosos e pessoas com condições crônicas que requerem medicação diária.

 

Em relação aos incêndios florestais, tal situação meteorológica favorece no aumento dos riscos de focos de queimadas. Portanto, os moradores de áreas vulneráveis devem evitar atividades que possam causar faíscas, como queimadas não autorizadas, e denunciar qualquer comportamento suspeito às autoridades.

 

Luciane Evans

Ascom/Sisema  

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