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Setor produtivo se une ao Governo de Minas para traçar a rota da descarbonização em Minas

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 Luciane Evans/Sisema 

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O presidente da Feam, Renato Brandão, apresentou o panorama das políticas ambientais em Minas

 

O setor produtivo somou forças com o Governo de Minas para acelerar investimentos, negócios e empregos para transição climática. Empresas, universidades, indústrias, instituições públicas, organizações privadas e potenciais financiadores se uniram ao Estado, nesta quarta-feira (15), para criação da Rota de Descarbonização de Minas Gerais, programa que irá fomentar os investimentos necessários para tornar a economia mineira mais limpa e ambientalmente sustentável.

 

O workshop preparatório para essa aliança foi realizado pela Invest Minas, no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). A descarbonização é uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis como fonte de energia. Ela é a busca pela redução e, a longo prazo, a eliminação da emissão de gás carbônico pelas empresas e população. Cerca de 250 representantes de indústrias, empresas, startups, universidades e organizações privadas estiverem presentes nesse encontro e manifestaram interesse em ajudar o Estado a melhorar seus índices.

 

O evento contou com a presença do governador Romeu Zema; da secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo; do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passaglio, do presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Renato Brandão; do diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga; do presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe; e do presidente da Codemge, Thiago Toscano.

 

O objetivo foi discutir a realidade de Minas com o setor produtivo, apontando a relevância de ações que possam trazer impactos positivos na redução da emissão de carbono no estado. “Essa pauta é muito importante por debater o desenvolvimento sustentável com melhorias sociais e preservação ambiental. O mundo está mudando e precisamos provar que o que é produzido aqui é produzido com responsabilidade ambiental”, comentou o governador, ressaltando os avanços na agenda verde de Minas nos últimos quatro anos.

 

A secretária Marília Melo destacou o pioneirismo mineiro de aderir, em 2021, à campanha global Race To Zero, que prevê reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em todo o mundo até o ano de 2050. Minas é o primeiro Estado da América Latina e Caribe a assumir esse compromisso.

 

“Quando o Governo de Minas aceitou esse desafio, sinalizou o tom da política ambiental que teríamos aqui. A partir disso, são parcerias firmadas, como a feita com o governo do Reino Unido, e a retomada da política da mudança climática que antes não existia”, disse Marília, acrescentando que a agenda climática é uma adaptação e uma mitigação dos efeitos do clima na vida da população.

 

Trajetória da descarbonização

 

O superintendente de Gestão Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Diogo Melo Franco, e o presidente da Feam, Renato Brandão, apresentaram o panorama das políticas ambientais em Minas Gerais. O Plano Estadual de Ação Climática (Plac), conforme mostrou Renato, está em fase final de consulta pública, que termina nesta quinta-feira (16).

 

O Plac conduzirá o desenvolvimento de baixo carbono e a transição energética estadual, além de contribuir para a adaptação aos efeitos adversos da crise climática, tornando o território mais resiliente a partir de uma abordagem de governança transversal para a ação climática.

Renato ressaltou que a elaboração do PLAC envolveu o desenvolvimento de um estudo de descarbonização para Minas. “Foram identificadas as melhores tecnologias de mitigação num modelo dinâmico e integrado que originou a trajetória de descarbonização com a identificação de setores-chave para o alcance do cenário de neutralidade de emissões líquidas de GEE até 2050”, disse.

 

O estudo foi feito em parceria com entidades com amplo reconhecimento nacional e internacional na temática climática, como o CDP América Latina, o ICLEI – Governos Locais Pela Sustentabilidade, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além da Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Próximos passos

 

Representantes do setor produtivo sinalizaram, durante o evento, o interesse em se juntarem ao Estado para a Rota da Descarbonização. Os próximos passos serão a contratação de consultoria para apoio metodológico na construção e no desenvolvimento da rota e a criação de grupos de trabalho para tratar da descarbonização com foco em cadeias produtivas.

 

“Precisamos acelerar o processo de descarbonização com regras claras que incentivem o investimento em projetos sustentáveis. E nada melhor do que contar com a participação do setor produtivo para construir essas práticas em conjunto, de modo que possamos chegar à neutralização de GEE de forma mais rápida”, afirmou João Paulo Braga.

 

Conheça mais sobre a Rota da Descarbonização

 

Luciane Evans
Ascom/Sisema

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