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Oficina temática discute ações para revitalização do rio das Velhas

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O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), em parceria com o Projeto Manuelzão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Comitê de Bacia do rio das Velhas (CBH Velhas), realiza na próxima terça-feira (18), oficina temática com o objetivo de apresentar e levantar informações complementares para a conclusão do Diagnóstico “Velhas Sustentável”.

O Diagnóstico foi proposto no final de 2008 e se consolida como um documento que faz uma radiografia dos problemas ambientais na área de abrangência do Projeto Estruturador de Revitalização do Rio das Velhas – Meta 2010. Este documento, composto de dados coletados junto a órgãos estaduais do governo e parceiros do projeto estruturador, fornecerá as diretrizes para as ações de melhoria, além de orientar ações de fiscalização na região da Meta 2010.

Os resultados desta coleta de informações estão sendo apresentados às comunidades das sub-bacias do rio das Velhas em seu trecho metropolitano, para validação e levantamento de ações que contribuam para a revitalização do rio. Quatro oficinas já foram realizadas nos municípios de Itabirito, Santa Luzia, Sete Lagoas e Belo Horizonte. A quinta oficina acontece em Matozinhos, onde será apresentado o Diagnóstico ambiental da sub-bacia do Ribeirão da Mata.

Em junho acontece o seminário final, com a consolidação de todas as informações levantadas, que serão apresentadas para toda a sociedade. “A forma com que o diagnóstico está sendo construído é muito importante, com a participação efetiva da população, inclusive sugerindo ações e medidas que possam ser adotadas. Isso, além de ser um instrumento de mobilização é um grande avanço no aspecto democrático”, ressalta a coordenadora executiva do projeto estruturador, Myriam Mousinho.

Diagnóstico Velhas Sustentável

O diagnóstico “Velhas Sustentável” identificou os pontos frágeis em relação a áreas com potencial de erosão. Com uma alta taxa de urbanização, municípios como Belo Horizonte e Contagem apresentam uma economia baseada na metalurgia e siderurgia básica. A atividade agropecuária começa a ganhar força na economia dos municípios a partir do distanciamento da RMBH. As informações sobre o solo e sobre as atividades econômicas são fundamentais no combate à poluição difusa, provocada por carreamento de sedimentos para o leito do rio, entre outras causas.

Outro dado levantado pelo diagnóstico foi com relação ao índice de internações provocadas por doenças de veiculação hídrica. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 85% das doenças conhecidas são de veiculação hídrica, ou seja, relacionadas à água. De acordo com o documento, nas sub-bacias do Onça e do Arrudas, que abrangem os municípios de Belo Horizonte, Contagem e Sabará, esse índice chega a 3,11% em Sabará, que não possui estação de tratamento de esgoto. Em BH é de 1,20% e em Contagem chega a 0,99%. Essas doenças podem estar relacionadas com as condições de moradias.

O documento levantou também as Unidades de Conservação na região da Meta 2010. São 24 UCs e duas áreas de proteção especial cadastradas junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), das quais nove estão na sub-bacia do Ribeirão Arrudas (seis de proteção integral e duas de uso sustentável, além de uma área de proteção especial), e cinco na sub-bacia do Onça (quatro de proteção integral e uma de uso sustentável).

Usando outras ferramentas como Zoneamento Ecológico Econômico e o Atlas para Preservação da Biodiversidade em Minas, o “Velhas Sustentável” ratifica a importância das unidades de conservação existentes na bacia. Afirma, por exemplo, que os parques do Rola Moça e da Baleia (estaduais) e do Mangabeiras (municipal) são de grande importância ambiental, porém, são ambientes frágeis que necessitam de fiscalização.

O problema da disposição adequada de resíduos sólidos também foi apresentado no diagnóstico. Dos 27 municípios da bacia, 10 utilizam aterro sanitário, cinco aterro controlado, três têm unidade de triagem e compostagem e nove ainda dispõem os resíduos de forma inadequada, nos lixões. Considerando apenas os três  municípios: BH, Contagem e Sabará, que dispõem os seus resíduos sólidos urbanos em aterro sanitário, observamos que 72,7% da população dos municípios da área de abrangência da Meta 2010 são atendidos por uma destinação ambientalmente correta de seus resíduos.

Fonte: Ascom/Sisema

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