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Cooperação internacional recupera um dos maiores rios da Europa

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Entre os projetos de recuperação de rios que vão ser apresentados a partir desta segunda-feira (10/05) no 2º Seminário Internacional sobre Revitalização de Rios, em Belo Horizonte, está a experiência no Rio Danúbio, na Europa.  

Os 2.850 km de extensão desse rio fazem com que ele ocupe o segundo lugar entre os maiores rios da Europa. Ele passa por 19 países, onde moram mais de 81 milhões de pessoas. O rio deságua no Mar Negro e tem um alto potencial de navegação, sendo utilizado como um importante ponto de ligação entre várias cidades da Europa. Além de ser uma importante fonte de renda, percorre diversas áreas de concentração industrial e importantes centros urbanos, o Danúbio também é marcado pelo alto índice de poluição ao longo de todo o trajeto, chegando a ocupar a lista dos dez rios mais ameaçados do mundo.  

Para tentar conter o avanço da degradação dos rios foi estabelecida em 2000, a Diretiva Européia sobre Águas, que consiste numa resolução com várias condicionantes objetivando alcançar o nível “bom” para as águas que banham aquele continente até 2015. Esta diretiva reconhece que os rios não param nas fronteiras políticas e exige que haja uma cooperação entre todos os países para implementação da política de melhoria dos rios na Europa.  

O estabelecimento dessa diretiva fomentou o aparecimento de vários projetos de revitalização de cursos d’água na Europa, entre eles o do seu principal rio, o Danúbio. Entretanto, países como Alemanha, antes mesmo da formação da Comunidade Européia, já possuiam preocupações ambientais, tendo iniciado ações de recuperação das águas de um dos principais afluentes do Danúbio, o Rio Isar. Este último, teve seu processo de revitalização apresentado no I Seminário Internacional de Revitalização de Rios, em 2008. 

Em 1994 foi criada a Comissão Internacional para a Proteção do Danúbio (ICPDR), que trabalha para assegurar a utilização sustentável e equilibrada dos recursos hídricos da bacia, além desenvolver uma série de medidas para proteção da bacia, tais como: ações para redução da poluição, uso racional das águas e prevenção e controle de desastres causados por enchentes, gelo ou acidentes com substâncias nocivas ao meio ambiente. 

A ICPDR é um órgão transnacional, que foi criado para implementar a Convenção de Proteção do rio Danúbio. Hoje, delegados nacionais, representantes de mais alto nível ministerial, peritos técnicos e membros da sociedade civil e da comunidade científica na ICPDR cooperam para assegurar a utilização sustentável e equilibrada dos recursos hídricos na bacia do Danúbio. 

Mais recentemente órgãos não governamentais como, por exemplo, a WWF, tem financiado programas de recuperação de nascentes do Danúbio e das planícies que margeiam o rio, além da reabilitação de algumas ilhas. Estudos de uso e ocupação do solo estão sendo desenvolvidos na região do Delta do Danúbio, na Romênia. 

Sustentabilidade

É importante ressaltar que a primeira preocupação dessas experiências é com relação à qualidade da água, que na maioria dos locais se encontrava ruim devido a presença de esgoto. Segundo a doutora em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e professora do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET – MG), Hersília de Andrade e Santos, a despoluição das águas é apenas a fase inicial do processo de revitalização. Ela ressalta que “a completa restauração de um rio envolve alterações físicas como, por exemplo, a remoção de diques, barragens e recuperações de habitats físicos. Atualmente, as experiências européias tanto do Danúbio quanto a do Isar já contemplam essas intervenções físicas”.  

A professora Hersília lembra que a própria comunidade européia financia estudos científicos sobre a atualização da Diretiva sobre as Águas. “Um exemplo é um diagnóstico sobre os maiores impactos sofridos pelos rios da Europa, realizado em 14 países e em 1000 localidades, desenvolvido pela Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida Aplicadas da cidade de Viena (Áustria). Esse estudo mostrou que a Holanda é o país que mais impacta seus cursos d’água e Suécia o que tem seus rios menos demandados economicamente”. 

O 2º Seminário Internacional de Revitalização dos Rios acontece entre os dias 10 e 12 de maio, no auditório Topázio, no Minascentro em Belo Horizonte. As inscrições deverão ser feitas mediante depósito bancário em nome do Instituto Guaicuy (Projeto Manuelzão): Banco do Brasil, nº 001, Agência Saúde, nº 3609-9, conta corrente 13322-1, entre os dias 5 de abril e 7 de maio ou até que as vagas tenham sido totalmente preenchidas. Para enviar a inscrição basta entrar no site do Projeto Manuelzão: www.manuelzao.ufmg.br. A inscrição será efetivada após o envio do comprovante de depósito pelo fax (31) 3915-1917 ou pelo e-mail Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .

Fonte: Ascom

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