Ir para o menu| Ir para Conteúdo| Acessibilidade Alternar Contraste | Maior Constraste| Menor Contraste

Revitalização de rio depende de cooperação internacional

PDFImprimirE-mail

As mudanças climáticas, evidentes a partir das últimas décadas do século XX e início do século XXI, colocaram em alerta todo o planeta. Uma das preocupações é com os recursos hídricos no futuro. Uma tendência mundial é a necessidade de intensa cooperação internacional, especialmente em bacias compartilhadas por vários países.  

Atualmente, 150 acordos internacionais relacionados com bacias hidrográficas transfronteiriças estão em curso na Europa e nos Estados Unidos. Um exemplo é a Comissão Internacional para Proteção do Rio Reno, formada por nove países localizados na bacia.  

A partir 1989 foi feito um esforço em conjunto entre os países para limpar as águas do Reno. Foram investidos 15 bilhões de dólares na construção de estações de tratamento de água e de monitoramento ao longo do rio. Atualmente, cerca de 95% dos esgotos das empresas são tratados.  

Esta é uma das experiências de revitalização a ser apresentada na segunda edição do Seminário Internacional de Revitalização de Rios, que acontece em Belo Horizonte, na primeira quinzena de maio. 

Resultados

O Reno nasce nos Alpes Suíços e deságua no Mar do Norte. Seus 1.233 km de extensão eram considerados um dos mais poluídos da Europa, conseqüência do lançamento de dejetos das regiões industriais e de empresas químicas de grande porte. 

Os resultados do programa e da despoluição do Reno são visíveis. A poluição por metais pesados e outros poluentes caiu em relação ao início do projeto de revitalização. O teor de oxigênio e o número de peixes estão aumentando. Das 64 espécies de peixes que existiam antes do processo industrial, 63 delas estão de volta em todo o curso do rio, segundo inventário feito entre 2006/2007.   

Em 2001, as autoridades responsáveis pela revitalização lançaram o programa “Reno 2020, Programa para o Desenvolvimento Sustentável do Reno”. Ele define novas metas e os objetivos gerais de sustentabilidade do rio, entre elas a proteção das águas subterrâneas, melhor prevenção para as inundações, monitoramente permanente e, principalmente, melhorar a qualidade da água, considerada a tarefa essencial. 

Semelhanças

Assim como o rio Reno cruza vários países da Europa, o São Francisco banha 5 estados e o Distrito Federal. A bacia do São Francisco é a maior bacia hidrográfica brasileira que está totalmente circunscrita ao território nacional.  

O rio das Velhas, maior afluente do São Francisco, possui extensão inferior ao Reno, com pouco mais de 800 km. O trecho do rio das Velhas, pertencente ao Alto São Francisco, é o que abrange a capital de estado (Belo Horizonte) e a maior população humana. A região abriga empreendimentos minerários e, assim como o Reno, uma grande concentração de indústrias de diversos tipos.  

Segundo o Coordenador do Nuvelhas - Núcleo Transdisciplinar e Transinstitucional da Bacia do Rio das Velhas – Projeto Manuelzão, Carlos Bernardo Mascarenhas Alves, os esforços para a revitalização do rio das Velhas, refletem a grande mobilização da sociedade em torno da causa. Para ele, “o mais expressivo reflexo deste fato foi à incorporação da Meta 2010 como Programa de Governo, através de um programa estruturador. Em função da mobilização da sociedade e da Meta 2010, foi possível a implantação de diversas Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) com capacidade para tratar os esgotos de mais de 2 milhões de habitantes”. 

O reflexo desse intenso investimento é o gradativo aumento do número de espécies de peixes nos pontos próximos da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Espécies migradoras, como a matrinchã (Brycon orthotaenia) e o dourado (Salminus franciscanus) já podem ser registrados próximos da RMBH, aumentando a sua área de distribuição em mais de 300 km. Há uma tendência de melhoria da qualidade da água com o início do tratamento secundário na ETE Onça, no início de 2010.  

Os projetos de revitalização do Rio Reno e do Rio das Velhas vão ser apresentados no II Seminário Internacional de Revitalização dos Rios. O evento será realizado em Belo Horizonte e faz parte de um projeto de criação de um movimento internacional pela revitalização de rios. Um dos objetivos é contribuir para o intercâmbio de projetos desenvolvidos em diferentes pontos do planeta, dando continuidade também nas ações do Projeto Estruturador do Estado de Minas Gerais “Meta 2010”.  

O II Seminário Internacional de Revitalização dos Rios acontece entre os dias 10 e 12 de maio, no auditório Topázio, no Minascentro em Belo Horizonte. As inscrições deverão ser feitas mediante depósito bancário em nome do Instituto Guaicuy (Projeto Manuelzão): Banco do Brasil, nº 001, Agência Saúde, nº 3609-9, conta corrente 13322-1, entre os dias 5 de abril e 7 de maio ou até que as vagas tenham sido totalmente preenchidas. Para enviar a inscrição basta entrar no site do Projeto Manuelzão: www.manuelzao.ufmg.br. A inscrição será efetivada após o envio do comprovante de depósito pelo fax (31) 3915-1917 ou pelo e-mail Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .

Fonte: Secom

Acesse para mais notícias do Governo de Minas Gerais: Agência Minas e Blog.
Acesse a Galeria de Fotos do Governo de Minas Gerais.
Acompanhe também no www.youtube.com/governodeminasgerais.

SEMAD|

Rodovia João Paulo II, 4143, Bairro Serra Verde - CEP 31630-900