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NOTA DE ESCLARECIMENTO 19 - DESASTRE BARRAGEM B1 Monitoramento e resgate a fauna

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TRABALHO DE RESGATE À FAUNA MONITORADO PELO IEF É REFORÇADO COM HOSPITAL MÓVEL


Desde o rompimento da Barragem I, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) deu início a uma série de ações de avaliação e mitigação de danos ambientais. Uma das medidas está relacionada ao salvamento de fauna silvestre e doméstica, que vem sendo monitorado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). O trabalho foi reforçado na última semana com instalação um hospital móvel da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no centro provisório montado pela mineradora Vale S.A., para receber os animais.


O acompanhamento das ações da empresa está sendo feito por uma equipe da Diretoria de Proteção à Fauna (Dfau), do IEF, composta por biólogos, veterinários e geógrafos. A mineradora é responsável pelas ações de resgate e cuidados aos animais. A medida foi prevista em autos de fiscalização lavrados pelo Sisema.


Os profissionais estão atuando no salvamento da fauna silvestre, incluindo a ictiofauna (conjunto das espécies de peixes que existem numa determinada região) em articulação com as equipes técnicas designadas pelos demais órgãos que compõem o Sisema, ou seja, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam).


O trabalho conta ainda com o apoio de outras instituições, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e as Polícias Civil e Militar de Minas Gerais.


Segundo informações repassadas pela Vale S/A, o balanço das operações de salvamento de animais terrestres e aquáticos, tanto domésticos como silvestres inclui:


• 12 animais silvestres terrestres mantidos sob os cuidados da empresa, aguardando destinação, e outros 10 reintegrados ao ambiente;
• 262 animais domésticos terrestres resgatados vivos, dos quais 168 continuam sob os cuidados da empresa;
• 11 carcaças de animais silvestres terrestres encontradas e 26 de animais domésticos, sendo três outras não identificadas;
• 69 peixes nativos resgatados vivos no rio Paraopeba. Esses peixes foram transferidos para outro ponto do rio, não atingido pela pluma de rejeitos;
• 1.542 carcaças de peixes nativos encontradas e três de indivíduos exóticos.

 

HOSPITAL

 

O atendimento e manutenção dos animais domésticos e silvestres resgatados estão sendo realizados pela Vale, no Centro de Triagem Provisório denominado “Fazenda Abrigo de Fauna”, que conta com hospital móvel da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujo funcionamento foi iniciado em 11 de fevereiro de 2019. O centro provisório já vinha recebendo animais após o rompimento da barragem, mas passou por adequações estruturais e outras melhorias, principalmente para recebimento de animais silvestres que devem ser mantidos separados dos domésticos e necessitam de viveiros apropriados e destinados à sua reabilitação. Após plena recuperação esses animais silvestres serão reintroduzidos ao meio ambiente.

 

Outras duas instalações de apoio na chamada “zona quente” e uma no Hospital de Campanha, em funcionamento na quadra do ginásio da comunidade da Mina Córrego do Feijão, também realizam atendimento.
 
AUTUAÇÕES

 

Desde o início das atividades de salvamento de animais, a empresa Vale já foi autuada três vezes pelo IEF, por descumprir determinações da Diretoria de Proteção à Fauna no que diz respeito à instalação de centro de triagem provisório para recebimento dos animais regatados, atendimento médico veterinário e manutenção, além da não apresentação de plano de ação para o resgate dos animais, acompanhado de mapeamento das áreas e respectivas rotas de busca e salvamento. As três multas somam R$ 121.270,50.
 

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