No total foram realizados sete cursos de Posturas no Atendimento a Turistas e Visitantes, com 163 pessoas capacitadas. Os cursos de Capacitação de Multiplicadores em Educação Ambiental foram cinco, com 158 pessoas capacitadas. Foram atendidos 203 estabelecimentos de ensino com mais de 90 mil alunos beneficiados e investidos cerca de 200 mil reais para implementação e realização das oficinas.
De acordo com o coordenador e facilitador das oficinas, Ricardo Cottini, o objetivo principal da ação foi despertar a população local e os atores envolvidos para um comprometimento maior em relação à preservação e conservação do patrimônio da região Carste incluindo, principalmente, as Grutas do Maquiné, Rei do Mato e da Lapinha.
Fotos: Arquivo Educação Ambiental
A ação despertou na população um comprometimento maior em relação à preservação e conservação do patrimônio da região Carste
Ele enfatiza, também, sobre a necessidade de proteger o patrimônio natural da região, caracterizado pelos inúmeros sítios arqueológicos e pela fragilidade diante das pressões antrópicas e consequente expansão da região do Vetor Norte Metropolitano de Belo Horizonte. “Diante do aumento da industrialização e de áreas residenciais, o que gera maior demanda por consumo de água, produção de resíduos, esgoto, desmatamentos e maior fluxo rodoviário e aeroportuário, precisamos ter cautela e preparar a sociedade para uma nova visão, sobretudo crianças, adolescentes e jovens no que se refere à conservação e à proteção da região e de suas Unidades de Conservação, que guardam resquícios e memórias importantes de nossa pré-história”, frisou.
As oficinas
A Rota das Grutas Peter Lund tem uma importância científica e cultural, advinda dos trabalhos de exploração das grutas calcárias mineiras pelo cientista dinamarquês Peter W. Lund, no Século XIX.
As ações educativas realizadas durante as oficinas basearam-se em metodologias participativas, transversais e holísticas, partindo de uma abordagem local para o todo, englobando aspectos relacionados a: Valores Humanos e Cidadania, Saúde, Ética, Relações Humanas, Responsabilidade Social e Ambiental, Participação Popular e Valorização da Cultura Local, Qualidade de Vida, Instrução e Informação Ambiental, Inovação e Tendências Atuais de Mercado, Turismo Sustentável, Ciência e Tecnologia com Produção Mais Limpa.
As abordagens, tanto para a sociedade em geral como para atores específicos como alunos, professores e empresas, buscaram capacitar, de forma a preparar as pessoas para conhecer e valorizar o local onde vivem, a fim de serem capazes de detectar problemas e buscar soluções para conservação e preservação do patrimônio natural encontrado na região.
No diagnóstico de avaliação e no monitoramento do projeto, o grau de satisfação e aceitação das ações de Educação Ambiental entre os atores envolvidos nos cursos de Posturas e no Atendimento e Multiplicadores em Educação Ambiental foi de 9,3, numa escala de 10 pontos, o que comprova efetividade e adesão às atividades.
De acordo com Renata Denucci, gerente do Projeto Estratégico da Rota Lund, essas ações, em conjunto com outras que envolvem incrementação e modernização dos receptivos, tem como foco maior o fortalecimento da identidade cultural mineira e seus valores, além de: aumentar a geração de negócios relacionados ao setor de cultura e ecoturismo na Região Cárstica de Lagoa Santa e Implantar um sistema de gestão integrado. “Com a realização desse trabalho, espera-se alcançar, por meios inovadores, a redução da degradação ambiental, de forma a aliar o crescimento da economia mineira à preservação do Meio Ambiente, numa visão onde o meio ambiente seja gerador de oportunidades de negócio e não restritor do desenvolvimento”, argumentou.
Milene Duque
Ascom Sisema
