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Diálogos com o Sisema apresenta trabalho desenvolvido pelo IEF para reabilitação de animais silvestres

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Foto: Reprodução youtube

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O médico veterinário do Cetras de Divinópolis, Érico Furtado, apresentou o trabalho realizado pelo IEF para reabilitação de animais silvestres

 

A série Diálogos com o Sisema abordou, nesta quarta (08/09), o trabalho de reabilitação de animais silvestres realizado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) em Minas Gerais. A palestra foi ministrada pelo médico veterinário do Cetras de Divinópolis, Érico Furtado, que detalhou como é o cotidiano nos Centros de Reabilitação e Triagem do IEF, desde o recebimento, passando pela identificação da espécie e as avaliações clínica, física e comportamental dos animais.

 

“O objetivo sempre é reintroduzir o animal na natureza”, afirmou Érico Álvares, ressaltando que o trabalho de reintegração das espécies inclui uma equipe de zootecnistas, biólogos e engenheiros ambientais, além dos veterinários. Segundo ele, os motivos que levam à reabilitação incluem doenças debilitantes, ferimentos, fraturas, longo tempo de cativeiro, maus tratos, dentre outros.

 

No âmbito da fiscalização, Érico Álvares se lembrou de uma grande apreensão de jabutis ocorrida em Minas Gerais em 2021. “Foram cerca de mil animais, que surpreenderam a equipe do Cetas de Juiz de Fora. Muitas vezes, o profissional que lida com reabilitação tem de se despir de suas emoções para lidar com a rotina”, completou.

 

Fases da reabilitação

 

Em Minas Gerais, há cinco unidades para a realização do trabalho, sendo três Centros de Triagem de Animais Silvestre (Cetas) operados pelo IEF, em parceria com o Ibama e outros dois Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), operados exclusivamente pelo IEF. De acordo com o médico veterinário, de 2017 até julho de 2021, o instituto recebeu 34.692 mil animais em seus Cetas e Cetras. Grande parte desses animais chega ferida e em condições físicas muito ruins, demandando atendimento médico veterinário imediato e um longo período de recuperação e reabilitação.

 

Érico Alves pontuou as fases do processo de reabilitação que começa com o recebimento, identificação da espécie e identificação individual (com anilha ou microship). O ponto-chave, segundo ele, é a avaliação clínica, física e comportamental do animal. A partir disso, ocorre a internação e o tratamento adequado. Ao final é a reabilitação com corredores de voo, recintos, piquetes, Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) e, por fim, a soltura na natureza.

 

O projeto ASAS é uma etapa anterior à soltura definitiva e tem como exigência o cadastro junto ao IEF. “O trabalho é complexo e exige conhecer a fauna da região para ser reconhecida”, observou Érico Álvares. Atualmente, existem 66 ASAS em Minas Gerais.

 

Um derivado do ASAS é o projeto TamanduaASAS, desenvolvido desde 2017, nas cidades de Uberlândia, Tupaciguara, Nova Ponte e Araguari, no Triângulo Mineiro. O trabalho é feito com tamanduás-bandeira soltos após reabilitação e continuam monitorados.

 

O monitoramento dos tamanduás é feito com um rádio colar e, segundo Érico Álvares, é pioneiro no Brasil. “A existência dessas áreas cria o que podemos chamar de espécie guarda-chuva”, afirmou. “Quando se cria um espaço para essa função, todas as espécies no local são beneficiadas”, completou.

 

Estímulo ao conhecimento

 

A apresentação do Diálogos com o Sisema aconteceu durante a 150ª reunião ordinária da Unidade Regional Colegiada do Alto São Francisco do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

 

O evento é uma série de apresentações de assuntos relacionados à gestão ambiental e está em sua 32ª edição. O trabalho visa estimular e dar conhecimento à sociedade sobre os temas tratados no cotidiano do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema).

 

“O Diálogos com o Sisema estão a caminho do seu quarto ano de realização e é também fonte de informação para os Conselheiros do Copam”, observou o superintendente de Gestão Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Diogo Soares de Melo Franco, na abertura do evento.

 

Já a diretora de Educação Ambiental e Relações Institucionais, Ana Cristina da Silveira, detalhou o trabalho realizado pelo setor. Um dos aspectos foi a Educação Ambiental, já que a Semad vem buscando conhecer os projetos na área desenvolvidos no Estado para compor o Diagnóstico, Prognóstico e os Temas prioritários para Educação Ambiental no Estado.

 

Ela lembrou ainda do Programa Ambientação, voltado para estimular o consumo consciente e a não geração de resíduos. “A Semad tem ainda dois prêmios voltados para a área: o Natureza Gerais e o Prêmio de Boas Práticas Ambientais que, em 2021, tem como tema Saneamento: além do básico”, observou.

 

Para assistir na íntegra o Diálogos com o Sisema durante a 150ª reunião ordinária da URC Alto São Francisco acesse este link

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema

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