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Ecolatina discute mudanças climáticas

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Cientistas e autoridades ligadas ao Meio Ambiente discutiram os desafios para combater as mudanças do clima na quarta-feira (17), no 6º Fórum Latino-Americano sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Mudanças Climáticas, que aconteceu na 7ª Conferencia Latino-Americana sobre Meio Ambiente e Responsabilidade Social (Ecolatina).

Ao final do evento, o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, leu um texto com recomendações do fórum para a elaboração da Carta de Belo Horizonte aos governantes, empresários e sociedade civil, destacando a necessidade da participação da sociedade. "O desenvolvimento sustentável não se limita a ações governamentais, é um desafio colocado a toda sociedade para a construção de um mundo mais justo e equilibrado para as futuras gerações", afirmou o secretário.

Entre as recomendações do fórum está a necessidade dos Governos inserirem a variável climática em todas as instâncias decisórias. Outras sugestões foram os investimentos em energias renováveis e em mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), imprescindíveis para garantir equilíbrio às gerações futuras; a necessidade de incentivar a sobrevivência de florestas nativas, evitando novos desmatamentos, bem como promover o reflorestamento associado à recuperação de áreas degradadas; e a substituição de combustíveis fosseis por energias mais limpas.

José Carlos Carvalho destacou, ainda, que o uso predatório dos recursos naturais não é apenas um problema ambiental, mas também econômico. "Estamos destruindo fatores de produção fundamentais para o desenvolvimento", disse. "Estamos diante de uma crise civilizatória e, para vencê-la, é preciso mudar paradigmas, principalmente o paradigma da inesgotabilidade dos recursos naturais", completou.

O crescimento econômico sustentável foi exposto como o principal desafio para se enfrentar as mudanças de climáticas. Segundo Ricardo Sanchez, diretor do escritório Regional para Americana Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a América Latina apresenta os maiores índices de crescimento desde a década de 1970. "Esse crescimento está ligado à exportação de produtos primários, o que significa uma grande pressão para os recursos naturais", afirmou.

A ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, reafirmou a necessidade de se viabilizar o crescimento sustentável. "Nosso grande desafio é mudar o modelo de desenvolvimento. Precisamos criar uma nova narrativa para a nossa economia, mudando os modelos de vida, as formas de produção, de consumir e mesmo de cuidar dos nossos resíduos". A ministra acrescentou que a sustentabilidade deve ser vista em suas dimensões política e ética. "Nosso problema não é técnico, é ético. Não acredito em soluções que não são orientadas em valores. A dimensão da ética nos une, mesmo que em ações pontuais", acrescentou.

O Fórum reuniu ainda três integrantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, premiado recentemente com o prêmio Nobel da Paz: José Ântonio Marengo, Roberto Schaffer e Suzana Kahn Ribeiro.

18/10/2007
Fonte: Ascom/ Sisema

 

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