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Minas reforça estratégias para combate a incêndios em unidades de conservação

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O Governo de Minas realizou nesta segunda (10/07) a reunião de abertura da Força Tarefa Previncêndio 2017, o aparato que coordena os esforços para combater os incêndios florestais nas unidades de conservação do Estado. As ações de combate são intensificadas entre os meses de junho e novembro, os meses mais críticos, quando a vegetação está mais vulnerável ao fogo.

A Força Tarefa Previncêndio é coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e tem a participação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), por meio do Comando de Aviação do Estado (COMAVE) e da Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito (DMAT), da Polícia Civil (PCMG), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG), da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Jairo José Isaac, afirmou que a Secretaria deu grande passo para melhorar o atendimento à população. “Celebramos diversas parcerias para suprir aquilo que acertei com o governador Fernando Pimentel quando assumi a pasta”, observou.

Já o diretor-geral do IEF, João Paulo Sarmento, ressaltou que a gestão pública exige parcerias, já que não é possível fazê-la sozinho. “O Previncêndio reúne essas características já que a força tarefa possui diversos órgãos em um objetivo comum, a proteção da nossa biodiversidade”, destacou. O IEF é o órgão que administra as 91 unidades de conservação estaduais que existem em Minas Gerais.

A subsecretária de Fiscalização Ambiental, Marília Carvalho de Melo, observou que o Previncêndio é uma ação constante que não se limita só aos meses secos, da qual tem papel fundamental os gerentes das unidades de conservação, na redução dos conflitos e na adoção de medidas diversas para evitar a ocorrência dos incêndios. “Durante todo o ano, são realizados os trabalhos de prevenção nas unidades de conservação estaduais”, explicou. “A atuação integrada hoje é uma das características da Força-Tarefa, resultado de um trabalho que começou anos atrás”, completou.

 
Crédito: Janice Drumond
AberturaForçaTarefamiolo
Marília Melo ressaltou o trabalho de prevenção realizado durante todo o ano

 

Balanço

O gestor ambiental da Semad, Anderson Rocha Campos, observou que o ano de 2016 foi muito favorável em relação à área atingida pelos incêndios, situação atribuída por ele ao comportamento climático, com mais chuvas, o que resultou num número menor de incêndios florestais nas unidades de conservação estaduais, além das diversas atividades desenvolvidas pelos integrantes da FTP. “Em todo o ano, foram registrados 440 incêndios no interior das reservas ambientais, que queimaram cerca de 14 mil hectares de áreas”, afirmou.

“Em 2017, já foram registrados 62 incêndios no interior das unidades de conservação estaduais que atingiram 335 hectares”, afirmou. “É o início do período e esse número não é tão representativo”, ressaltou Anderson Campos.

A Área de Proteção Ambiental (APA) das Águas Vertentes, no Município de Serro, foi a unidade que teve o maior número de incêndios em 2016, com 59 ocorrências. Em segundo lugar ficou o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, na região metropolitana de Belo Horizonte, com 47 incêndios ao longo do ano passado. Para o Parque, entretanto, é importante destacar que a unidade não foi atingida, em 2016, por nenhum incêndio significativo, o que ocorreu apenas na sua zona de amortecimento. No extremo Norte de Minas, A APA Cochá e Gibão foi a que teve a maior área atingida pelo fogo, com 2.116,70 hectares, número bastante reduzido se comparado aos seus aproximados 295.000 hectares, área total da unidade de conservação.

“Para todo o Estado, os números foram bastante positivos, com reduções significativas especialmente nas Regiões Norte e extremo Norte, mas com cenário bastante favorável também nas demais regiões”, afirma o diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Semad, Rodrigo Bueno Belo. “Mesmo assim, ocorrências severas ainda acometam unidades de conservação estaduais, como Parque Estadual Serra Verde, próximo à Cidade Administrativa, atingido por um grande incêndio no mês de setembro, próximo ao fim da estação de estiagem, quando o fogo tende a causar danos mais intensos que no início do período crítico”, completou.

Rodrigo Belo observou que a operação das aeronaves que atendem ao Previncêndio e os equipamentos para os brigadistas já foram garantidos. Outro recurso importante destacado pelo diretor é a existência de aproximadamente 250 sopradores nas unidades de conservação estaduais e nas unidades operacionais do Previncêndio, equipamento que já tem apresentado resultados bastante expressivos.

“288 brigadistas já foram selecionados e estão em fase de contratação. Eles serão distribuídos nas unidades de conservação do Estado e em bases do Previncêndio nas cidades de Diamantina e Januária”, explica a superintendente de Controle e Emergência Ambiental da Semad, Ana Carolina Miranda. “Em 2017, os investimentos previstos para o Previncêndio superam os R$ 18 milhões. Se verificada a criticidade do período seco no Estado, suplementação orçamentária poderá ser solicitada à Secretaria de Planejamento e Gestão”, completa. Além desse valor, somam-se os esforços e orçamentos destinados às outras entidades integrantes da FTP, como o IEF, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar.

Emerson Gomes
Ascom/Sisema

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