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Cianobactéria: Órgãos Estaduais unem forças para combate

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A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) reuniu hoje todos os órgãos envolvidos no planejamento de ações de prevenção para o caso de ocorrência de situações de emergência em locais onde se constatar concentração em níveis elevados de cianobactérias também conhecidas como algas azuis. Até o momento não há nenhum registro de caso de intoxicação no Estado de Minas Gerais. 

O encontro definiu ações de monitoramento da qualidade da água e de pescados, acompanhamento de populações ribeirinhas, atendimento e orientação às cidades que possuem sistema de abastecimento de água autônomo, entre outras iniciativas. Participaram da reunião os órgãos do Sistema de Meio Ambiente (Sisema), Secretarias de Estado da Agricultura e da Saúde, Copasa, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

O Sisema informa que, no último dia 26 de setembro, a Superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) do Norte de Minas acionou a Gerência de Atendimento à Emergência Ambiental, da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), e enviou alerta sobre alteração da cor das águas do rio São Francisco, a partir do encontro com seu afluente, rio das Velhas.

Imediatamente, a Feam enviou dois técnicos para Montes Claros. Paralelamente a isso, um técnico do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) foi acionado para percorrer as cidades de Januária, São Francisco e Maria da Cruz e coletar amostras da água que foram encaminhadas para análise na Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).

Os técnicos da Feam percorreram a margem do rio das Velhas a fim de detectar a possível fonte de contaminação. Nos trechos vistoriados, o rio apresentava coloração verde e presença de algas e de aguapés em grandes quantidades, principalmente próximo ao remanso. Outros dois técnicos sobrevoaram de helicóptero o local com o mesmo objetivo. Constataram igual situação no trecho entre Curvelo e Lagoa Santa.

Pela avaliação realizada, não foi possível determinar o ponto exato do início da contaminação. Mas, aparentemente, a coloração esverdeada teria começado a surgir nas proximidades do município de Curvelo.

Conforme levantamento feito junto aos moradores da região, fenômeno deste tipo vem acontecendo desde 1995, sem causar mortandade de peixes. Mas, a cada ano a intensidade é maior no período de seca.

De acordo com avaliação de resultados preliminares das amostras coletadas, a alteração de cor no trecho da bacia é provocada pela floração de cianobactérias. Tais bactérias, segundo especialistas, estariam se reproduzindo em contato com os poluentes despejados naquela bacia todos os dias (vindos dos municípios e de indústrias) com grande concentração de nutrientes, principalmente fósforo. Neste ano, o fato foi agravado pela ausência de chuvas na região, baixa profundidade das águas e altas temperaturas.

Saúde

O contato direto da pele com as cianobactérias pode provocar irritação ou erupções, inchaços dos lábios, irritação dos olhos e ouvidos, dor de garganta e inflamações nos seios da face e asma. Beber água contaminada pode causar náuseas, vômitos, dores abdominais, complicações no fígado e fraqueza muscular.

A pessoa que apresentar qualquer sintoma eventualmente identificado como de origem por contato com a cianobactéria deve procurar o sistema de saúde pública, que se encontra preparado para orientações e tratamento. Nas regiões onde se constatar este problema a população deve interromper o consumo de pescados. É importante lembrar que a fervura da água contaminada não elimina as principais toxinas.

Fonte: Secretária de Governo

SEMAD|

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