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Evento celebra Dia da Árvore com trabalhos em prol das florestas de MG

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O Instituto Estadual de Florestas (IEF) realizou, nesta quinta (21/09), uma série de atividades no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em Belo Horizonte, comemorando o Dia Mundial da Árvore. A data marca as celebrações do Governo de Minas para a Semana Florestal, o final do inverno e a principal atividade em homenagem aos 55 anos de criação do Instituto, que aconteceu em 5 de janeiro de 1962.

 

A Semana Florestal de 2017 teve como tema “Florestas de Minas: restaurando nossas riquezas”, com o objetivo de propor discussões técnicas sobre a restauração ambiental. O evento teve o apoio do BDMG, do Projeto de Proteção da Mata Atlântica (Promata) II, do Sindicato da Indústria de Açúcar no Estado de Minas Gerais (Siamig), da Associação Integrada dos Servidores Públicos do Meio Ambiente e Correlatos de Minas Gerais (Asiverde) e do Sindicato dos Servidores Públicos do Meio Ambiente No Estado de Minas Gerais (Sindsema).

 

Na abertura do evento, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Jairo José Isaac, observou que sua gestão à frente da secretaria é o maior desafio que já enfrentou, mesmo se comparado a outros momentos de desequilíbrio do País. “Minha sorte foi que possuo uma equipe altamente qualificada, a começar pelo secretário adjunto, Germano Vieira, que é meu braço esquerdo e meu braço direito e me permite ser a figura de suporte às mudanças em curso no Sisema, que são extremamente necessárias”, afirma.

 

Isaac observou que no dia 23 de setembro completa 17 meses de gestão à frente do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), numa fase difícil, mas com benefícios para a sociedade. “Se estou aqui após esse tempo eu devo aos companheiros do IEF, da Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente), do Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) e, claro, da Semad”, destaca.

 

Já o diretor-geral do IEF, João Paulo Sarmento, afirmou que o evento da Semana Florestal de 2017 valoriza o item mais importante em qualquer gestão pública: o servidor. “As pessoas permitem que a instituição se solidifique, mesmo com dificuldades”, observa. “A sociedade já entende que as pessoas que lidam com o meio ambiente têm a intenção de construir um mundo com uma percepção diferenciada”, completa.

 

Sarmento destacou que, atualmente, o mundo discute uma política de meio ambiente que inclui restauração ambiental e déficit hídrico, dentre outras questões. “O IEF tem a experiência de ter recuperado 80 mil hectares de áreas, além de ser responsável por Minas Gerais ser o Estado que mais restaura Mata Atlântica, com o trabalho realizado pelo Escritório Regional Nordeste”, afirmou.

 
Foto: Janice Drumond
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João Paulo Sarmento observou que as unidades de conservação são a pérola do governo e que o IEF tem a responsabilidade de fazer sua gestão

 

O trabalho citado pelo diretor-geral do IEF é mencionado pela Fundação SOS Mata Atlântica no Atlas de Remanescentes Florestais do bioma. Nos últimos cinco anos, cerca de 300 mil mudas de espécies nativas foram produzidas no viveiro de Teófilo Otoni e doadas para os programas de recuperação florestal da região.

 

O trabalho de recuperação florestal só é possível graças à parceria do IEF com os proprietários rurais, e esse trabalho conjunto, segundo João Paulo Sarmento, é a chave para se alcançar bons resultados. “Temos conversado muito com as empresas, como é o caso da Vale, dentro de uma nova perspectiva de aplicação de recursos da compensação ambiental”, afirmou.

 

Recentemente, o IEF inaugurou o Centro de Visitantes do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, numa parceria com esta empresa.

 

Foto: Janice Drumond
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O secretário Jairo José Isaac (à esquerda) e o diretor-geral do IEF, João Paulo Sarmento, abriram o evento que celebrou o Dia Mundial da Árvore pelo Governo de Minas


Apresentações

 

Exemplo de parceria é o trabalho realizado pelo Promata II, uma cooperação do Governo de Minas com a Alemanha para proteção e conservação do bioma Mata Atlântica. O trabalho é realizado em seis Escritórios Regionais e em 23 unidades de conservação, numa área de 223 mil km².

 

O Promata II tem apoio financeiro do banco KfW Entwicklungsbank, que destinou um valor de 8 milhões de euros ao programa, que foi iniciado em dezembro de 2011 e tem conclusão prevista para dezembro de 2018. O projeto inclui ações de fortalecimento da infraestrutura e gestão de unidades de conservação, prevenção a incêndios florestais, monitoramento e fiscalização, além de ações para o desenvolvimento sustentável das populações que vivem no entorno das reservas ambientais.

 

O consultor alemão Hans Christian Schmidt listou as ações que o Promata II vem realizando. Atuando na gestão de projetos da cooperação internacional nas áreas de conservação e manejo dos recursos naturais na América Latina. Schmidt destacou as diversas capacitações de técnicos da Semad e do IEF e a construção de um marco legal e um manual Técnico do Programa de Regularização Ambiental (PRA), exigência do novo Código Florestal Brasileiro para todas as propriedades rurais.

 

Além da apresentação sobre o Promata, o analista ambiental do IEF, Ricardo Cottini, apresentou o projeto atualmente em curso na Semad de seleção de atividades de Educação Ambiental desenvolvidas nas diversas unidades do IEF para um catálogo institucional.

 

“Somente em 2017, identificamos 361 iniciativas ligadas à educação ambiental nos 13 escritórios regionais e na sede”, afirmou. “Isso inclui ações das equipes das unidades de conservação, viveiros, agências avançadas que abordam os temas florestas, pesca, biodiversidade, incêndios florestais, água, fauna, resíduos sólidos, enfim, todos os temas ligados à gestão ambiental”, completou.

 

O catálogo de ações apresentará uma síntese de cada projeto selecionado para acompanhamento das ações de educação ambiental. “O diagnóstico do IEF irá compor, futuramente, o catálogo geral de ações de Educação Ambiental do Sisema, juntamente com os demais órgãos que o integram”, explica.

 

Fechando os trabalhos da manhã o diretor-presidente da Fundação Renova, Roberto Silva Waack, apresentou o modelo de governança adotado no caso das ações para mitigação dos impactos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, no município de Mariana, em 2015. Ele explicou como funciona o Comitê Interfederativo (CIF), que reúne os Governos Federal, de Minas Gerais e Espírito Santo nos trabalhos de recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

 

“As ações do Comitê são apoiadas por um painel de especialistas e monitoradas pelo Ministério Público de Minas Gerais e por Auditores independentes”, afirmou. “É um modelo de governança complexo, mas diante da gravidade da situação e da urgência em tomar atitudes, foi a melhor opção”, completou Waack.

 

A Fundação Renova é responsável pelas ações de recuperação ambiental no episódio do rompimento da barragem da Samarco. “Todas as ações são definidas e monitoradas por onze Câmaras Técnicas que reúnem 70 organizações diferentes”, afirmou.


Na solenidade dessa quinta, também foi lançado o vídeo institucional do IEF. “A peça será usada nos eventos e atividades em que houver espaço para mostrarmos o trabalho que nossos técnicos realizam por todo o estado”, explica o diretor-geral do Instituto, João Paulo Sarmento.

 

O trabalho tem cerca de oito minutos, com cenas do trabalho de campo de recuperação ambiental de áreas, do cotidiano das unidades de conservação, dos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), viveiros, e demais locais de atuação da autarquia do Governo de Minas.

 

As apresentações continuaram no período da tarde com os temas: “Programa de regularização ambiental e seus instrumentos”, “Adequação ambiental à Lei de proteção de vegetação nativa e desenvolvimento sustentável do setor agropecuário”, “Sistemas agroflorestais como ferramenta para a restauração ecológica”, “Projeto conservador da Mantiqueira” e “O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos florestais”.

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema

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